quarta-feira, 9 de junho de 2010

ikebana

Ikebana

(Arranjo Floral)

Ikebana é a tradicional arte japonesa de arranjar flores, folhas e hastes cortadas, em vasos ou outros recipientes de uma maneira esteticamente harmoniosa. O ikebana tem como objetivo alcançar a recriação do crescimento floral, baseando-se na importância da linha, ritmo e cor.

Sua concepção fundamental é expressar os três elementos: céu, terra e humanidade em uma composição equilibrada, usando flores naturais. É usado um vaso simples, de borda larga com água, espetando e empilhando as flores no kenzan (base metálica com agulhas apontadas para cima).

Para transmitir a idéia de crescimento contínuo na vida e vitalidade, são utilizados (preferencialmente) botões de flores fechados e folhas que não estejam totalmente desenvolvidas.

Na Antigüidade, acreditava-se que para invocar os deuses era necessário determinar um local para recebê-los e este era indicado por uma flor ou árvore, disposta de forma perpendicular à sua base. De acordo com a crença, os deuses se guiavam por esses símbolos e ali se instalavam. É por isso que, até hoje, nas festas religiosas são colocados adornos encimados por folhas de árvores sagradas (nobori).

A estrutura definida do ikebana teve início no século XVI. Porém o termo só começou a ser utilizado no século XVII. A partir do século XVIII foram dados nomes específicos para cada estilo de arranjo: moribana (folhas empilhadas), nageire (flores arrmessadas), shoka (flores vivas), jiyuka (estilo livre), guendai-bana (arranjo moderno), zen-eibana (arranjo de vanguarda), entre outros.

Arranjo clássico - conhecido como Rikka (flores eretas) estes arranjos se elevam muito acima dos vasos e as extremidades das flores e dos ramos apontam na direção do céu, para indicar a fé. Neste estilo os três conceitos (céu, homem e terra) são fixados com firmeza no recipiente, impedindo que qualquer parte do arranjo toque nele.

Com o tempo, tornou-se ornamento comum em palácios e templos no Japão até o estabelecimento do governo de Kamakura, no fim do século XII.

Arranjo naturalista - as maiores modificações no desenvolvimento do arranjo floral ocorreram durante o século XV, no shogunato Ashikawa Yoshimasa (1436-1490). Além da simplicidade arquitetônica, ele também simplificou as normas do arranjo floral, com colaboração do artista Somai, tornando a arte do arranjo floral acessível a todas as classes sociais.

Durante o período Momoyama (final do século XVI), houve a criação das casas de chá onde os mestres davam uma expressão mais informal quanto à composição dos arranjos florais. Surgia um estilo mais livre, o "Nageire" que significa "lançado para dentro". As principais características do nageire são: a haste de cada flor fica isolada, a fim de mostrar seu crescimento natural; os ramos e hastes podem se entrecruzar, se houver necessidade de realçar as características naturais das flores; a grande importância a cada parte individual do arranjo, assim como do todo. O principal objetivo Nageire é encontrar e exprimir a beleza natural de tudo aquilo que estiver em mãos. É a forma simples e natural do arranjo floral.

Arranjo Moribana - os arranjos Rikka e Nageire tornaram-se insatisfatórias para as casas de estilo europeu que surgiram na segunda metade do século XIX. Os arranjos florais Moribana mostram a influência ocidental. Eles são feitos em recipientes baixos e achatados, contendo as mesmas posições relativas e proporções, apresentando pelo menos dois grupos triangulares de material floral. Este estilo combina com os outros dois e procura, em miniatura, transmitir a visão de uma vista ou jardim.

O Moribana pode ser utilizado tanto em ambientes formais como informais, podendo ser apreciado onde quer que seja colocado, devendo sempre estar em harmonia com o ambiente.

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