domingo, 11 de setembro de 2011

texto sobre a arte do bonsai para pensar ...

Alguém disse certa vez que todo homem deve ter um filho, escrever um livro e

plantar uma árvore. O que a princípio parece simples, tem lá sua complexidade. Vejamos, os filhos, pouco os teremos para nós, apenas por uns parcos anos de preparação e cuidados, depois o mundo os projeta para o futuro e, mesmo sem que isso seja ruim, já não convivemos inteiramente e sim em momentos esparsos.
Visto isso, dê a seus filhos toda a raiz possível para que depois o mundo lhes dê asas e eles possam voar, sabendo haver um porto seguro onde pousar se necessário. Escrever um livro é quase sempre um exercício de saturação.
Arthur Conan Doile comparou nosso cérebro com um porão, se nele entulharmos tudo o que aprendermos não sobrará espaço para novas informações. Assim passar adiante parte de nosso conhecimento é indispensável para abrir espaço para outras descobertas. No entanto, nem sempre é possível que isso seja traduzido em forma de livro, e se assim for, passe adiante seus conhecimentos em debates e conversas aos interessados e amigos e estará cumprindo essa missão a contento. Chegamos finalmente ao plantio de uma árvore.
Não há como negar a importância dessa ação. É a eternização do ser em forma terrena, mas cabem algumas colocações. Diante do imenso desrespeito que o homem moderno nutre pelas coisas da natureza, não raro haverá árvores que se perderão pelo caminho e o processo interrompido descaracterizará a ação. Nem sempre poderemos cuidar e proteger a árvore plantada com tanto carinho e expectativa, a não ser que possamos ter a já citada árvore debaixo de nossos olhos. Mas como? Para essa pergunta só existe uma resposta: Com um Bonsai! Sim, esse universo em miniatura nos permite a um só tempo a conservação e a contemplação, a sensação de eternidade e o desvario da arte. A grandeza no pouco espaço nos dá uma maior proximidade com a natureza cada vez mais rara e nos traduz o apelo de infinito. Um Bonsai não é só uma árvore acondicionada em uma bandeja rasa e moldada ao prazer dos olhos, é sim uma amostra do que poderíamos ser como espécie, nos inclui no ciclo da vida e nos dá uma dimensão única do quão importante deveria ser o papel do ser humano na terra.
Ser o animal dominante nos confronta com a responsabilidade sobre todos os outros, sejam eles de que reinos forem, cabe-nos a sua proteção e a proteção de sua linhagem. Mas os idiotas da objetividade perguntarão: O que pode uma arvorezinha nos ensinar? E eu responderei: Aquilo que já deveríamos saber!
Autor: Ednilson Martiniano
Este texto foi tirado do site:http://www.bonsairp.com.br/index.php

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