terça-feira, 19 de março de 2019

O SIMBOLISMO DO BEIJA-FLOR

O SIMBOLISMO DO BEIJA-FLOR


Os beija-flores, também conhecidos colibris, representam a vibração mais alta e suave da Natureza. São as únicas aves que voam em qualquer direção, para cima, para baixo, para trás e para os lados. Devido à rapidez com que batem as asas, parecem aos nossos olhos estarem completamente imóveis no ar, como se estivesse observando e preparando seu próximo passo.


O beija-flor nos estimula a encontrar a doçura e a alegria de cada situação. O pequeno pássaro bate as asas com bastante determinação, com um batimento cardíaco bastante acelerado. Por isso é considerado também um símbolo de alegria e energia. 


Para os Ameríndios, o beija-flor simboliza a beleza, a harmonia, a verdade e a força.


Os índios hopis, do Arizona, consideram o beija-flor um herói que salva a humanidade da fome, pois acreditam na sua relação com o deus da germinação e do crescimento.


Os índios tukanos da Colômbia veem nos colibris a representação da virilidade pelo fato de esses pássaros "copularem" com as flores. Basta observar seu comportamento na natureza para constatar que estão relacionados à reprodução.


Os astecas acreditavam que as almas dos guerreiros que morriam retornavam à terra com a forma de beija-flor ou de borboleta. 


Para o Xamanismo o beija-flor representa o amor puro, a cura, a sorte, o renascimento, a suavidade, a alegria, o entusiasmo, a graça e a delicadeza. Este aliado de Poder nos dá claridade para enfrentar os obstáculos da vida com serenidade e autoaceitação. 


O xamã que tem no Beija-flor seu Animal de Poder é uma pessoa que busca sem cessar o contato com sua energia interior, com a sua magia. Busca a contemplação e a unicidade com o meio-ambiente. O xamã Beija-flor é um mensageiro do Grande Espírito, que veio para trazer a mensagem de cura para a humanidade, para curar suas doenças emocionais. 


Geralmente são pessoas agradáveis, alegres e que vivem rodeadas de amigos. Elas conseguem contagiar o ambiente com sua alegria e encontram sempre uma forma, uma maneira de fazer quem estiver ao seu redor se sentir renovado e feliz , pelo simples fato de estar vivo. Usando a astúcia, a inteligência, a graça, para além da força física, estão sempre procurando uma maneira para embarcar numa nova aventura e jornada.


O beija-flor nos ensina a suavidade do viver. A apreciar as maravilhas e magias de nossa existência diária. Viver contemplando tudo que há, todas as pessoas, toda a humanidade. A buscar nosso estado de graça universal. 


A proteção espiritual também é um aliado muito forte deste Animal de Poder, já que ele atua como arquétipo do AMOR. As energias e fluidos que ele capta sempre são energias de altíssima frequência vibratória. Portanto, ao meditarmos no Beija-flor unimo-nos à egrégora do Amor Incondicional, que sustenta todo este Universo – manifesto e imanifesto. 


Um dos maiores presentes que podemos obter ao seguir os ensinamentos desse Animal é o de entender os enigmas e os mistérios que envolvem as dualidades e contradições. 


Caso a tristeza se faça presente, procure preencher o seu coração com a alegria do beija-flor. Não deixe seu lado sombra tomar conta de você. Ao sentir que seu coração se tornou duro, magoado e sem vontade para nada, procure andar pelos campos, pela mata, entre as flores e sinta os perfumes e odores que tanto atraem o beija-flor e lhe proporcionam tanta alegria.

colibri by blue shamrock


Se o beija-flor tem voado nas suas visões, prepare-se para rir musicalmente e receber presentes do Criador.


3 comentários:

  1. (Lenda indígena norte-americana)– O BEIJA-FLOR

    Existiam duas tribos morando à beira de um rio: uma tribo maior e uma tribo menor.
    A tribo menor plantava e pescava com muito afinco e, com isso, começou a ter mais peixe e maior abundância de alimentos. Isto gerou inveja na outra tribo, que começou a hostilizar seus vizinhos, primeiro com palavras, depois com gestos e por fim declararam guerra àqueles que, mesmo em menor número, eram mais trabalhadores e eficientes.

    Indiferentes a estas questões, dois jovens se enamoraram, porém cada qual pertencia a uma tribo.
    O rapaz pertencia à tribo menor e a jovem à tribo maior. Apesar da guerra, os dois se encontravam às escondidas, mas um dia os guerreiros da tribo da jovem a seguiram e os encontraram namorando. Depois de espancar o rapaz e pensando que ele já estivesse morto, levaram a jovem de volta à tribo.

    O Conselho dos Anciãos foi convocado para o julgamento da pobre jovem. A acusação era de traição, já que as tribos estavam em guerra e eles acreditavam que ela passava segredos para a outra tribo. A sentença era de morte, mas por ela ser muito jovem e bela, convocaram os Xamãs que resolveram transformá-la numa flor.

    O rapaz, socorrido por seus guerreiros, sobreviveu ao espancamento e, tão logo se recuperou, passou a procurar desesperadamente pela sua amada. Ele chamou os Anciãos e anunciou que iria até a outra tribo em busca de seu amor. Eles não permitiram tremenda loucura e tentaram, de toda forma, impedi-lo. Afirmaram que na sua tribo existiam lindas moças que poderiam ser boas esposas e dar-lhe filhos fortes e saudáveis. O rapaz estava irredutível e, os anciãos, vendo tamanha decisão e tristeza do jovem, chamaram os Xamãs para ajudá-los. Depois de muito pensar e sabendo que a jovem amada tinha sido transformada em flor decidiram transformá-lo em Beija-Flor.

    Segundo a lenda, é por isto que o Beija-Flor vai de flor em flor, sempre tentando achar a sua amada.

    Em toda lenda indígena existe uma moral que os mais velhos ensinam aos mais novos e esta é que nunca se deve desistir do seu objetivo.

    (Ybotira Guarani-Mbyá, 2005).

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    1. Porém os beija-flores também possuem um lado “sombrio”. São aves cheias de energia e muito combativas entre si. Tais características não passaram despercebidas dos antigos astecas, que veneravam a divindade guerreira HUITZILOPOCHTLI, representada por um beija-flor.

      Divindade asteca do Estado e da guerra, Huitzilopochtli (traduzido por Beija-Flor Azul ou Beija-flor Canhoto ou ainda Beija-flor do Sul) também é considerado patrono da cidade mexicana de Tenochtitlán. Filho da deusa Coatlicue, deusa do nascimento e mãe dos deuses, com o deus Mixcoatl, deus da caça.

      Nas Crônicas Mexicayolt, é dito que Huitzilopochtli nasceu quando ele soube – ainda no ventre de sua mãe – que sua irmã, Coyolxauhqui, planejava com seus irmãos matar sua genitora por ter concebido um filho de um jeito vergonhoso com Mixcoatl. Huitzilopochtli então nasceu já crescido e totalmente armado. Sozinho, protegeu sua mãe e matou Coyolxauhqui e seus 400 irmãos. Ele pegou a cabeça de sua irmã e jogou ao céu, criando a Lua. E jogou os restos dos seus outros irmãos também para o céu, formando as estrelas. Assim, Coatlicue poderia se confortar olhando para o céu todas as noites vendo seus filhos caídos.

      Outra lenda sobre este deus envolve a fundação do povo mexicano. A terra natal do povo asteca se chamava Aztlan (muitos consideram que seja o célebre continente perdido da Atlântida), da qual Huitzilopochtli ordenou que saíssem para encontrarem uma nova morada. Além disso, ordenou que nunca mais se chamassem de astecas, mas sim “mexicas”. Ele os guiou pela jornada até o Lago Texcoco, onde uma águia estaria empoleirada sobre um cacto comendo uma serpente. Quando os astecas chegaram, a águia se curvou para eles. Neste lugar, eles construíram um templo e o chamaram de Tenochtlitlán.

      (Willis, Roy, 2007)

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    2. COACYABA - O PRIMEIRO BEIJA FLOR
      WALDEMAR DE ANDRADE E SILVAOs índios do Amazonas acreditam que as almas dos mortos transformam-se em borboletas. É por esse motivo que elas voam de flor em flor, alimentando-se e fortalecendo-se com o mais puro néctar, para suportarem a longa viagem até o céu.

      Coacyaba, uma bondosa índia, ficara viúva muito cedo, passando a viver exclusivamente para fazer feliz sua filhinha Guanamby. Todos os dias passeava com a menina pelas Campinas de flores, entre pássaros e borboletas. Dessa forma pretendia aliviar a falta que o esposo lhe fazia. Mesmo assim, angustiada, acabou por falecer.

      Guanamby ficou só e seu único consolo era visitar o túmulo da mãe, implorando que esta também a levasse para o céu. De tanta tristeza e solidão, a criança foi enfraquecendo cada vez mais e também morreu. Entretanto, sua alma não se tornou borboleta, ficando aprisionada dentro de uma flor próxima à sepultura da mãe, para assim permanecer ao seu lado.

      Enquanto isso, Coacyaba, em forma de borboleta, voava entre as flores, colhendo seu néctar. Ao aproximar-se da flor onde estava Guanamby, ouviu um choro triste, que logo reconheceu. Mas, como frágil borboleta, não teria forças para libertar a filhinha. Pediu, então, ao Deus Tupã que fizesse dela um pássaro veloz e ágil, que pudesse levar a filhas para o céu. Tupã atendeu ao seu pedido, transformando-a num beija-flor, podendo, assim, realizar o seu desejo.

      Desde então, quando morre uma criança índia órfã de mãe, sua alma permanece guardada dentro de uma flor, esperando que a mãe, em forma de beija-flor, venha buscá-la, para juntas voarem para o céu, onde estarão eternamente.

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